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Voluntários, defesa civil, bombeiros... Quanta gente boa e solidária entre nós!

Todos já ouvimos as velhas e desgastadas frases “este mundo está perdido” ou “cada um só pensa em si mesmo”. São frases que não representam a plena verdade sobre as pessoas, sobre o nosso povo brasileiro.

Nesta tragédia que se abateu sobre a nossa região, com tantas mortes em Guarujá, Santos e São Vicente, duramente castigadas pelas chuvas, vimos mais uma vez que o mundo não está perdido e que tem muita gente solidária, preocupada com o próximo.

Lá estavam, nas encostas dos morros atingidas pelos deslizamentos, os voluntários tentando salvar vidas, trazendo alimentos, roupas, ajudando como podiam o trabalho do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, dos servidores, enfim, somando neste enorme esforço de tentar salvar vidas nesta tragédia.

Gente que saía do trabalho e ficava até o anoitecer carregando baldes, pedras, fazendo cadastros de desabrigados e trazendo alimentos. Gente realmente solidária, comprometida com o próximo. Gente boa mesmo. Este é o povo brasileiro, que nos inspira diariamente e nos dá coragem para seguir em frente.

Temos também que dar os parabéns aos profissionais que vão além todos os dias e que, algumas vezes, perdem a vida cumprindo seu dever. Nesta tragédia perdemos dois membros valorosos do nosso Corpo de Bombeiros.

Há alguns anos escrevi sobre os Bombeiros e lembrei que eles têm sempre o rosto iluminado por um brilho inexplicável e sobrenatural. Era como se uma luz tivesse sido acesa dentro de cada um para mantê-los fortes depois de tanto desgaste físico.

Escrevi à época:

“Quem já teve a chance de acompanhar a oração do Pai Nosso de uma equipe do Corpo de Bombeiros, ao fim de um grande trabalho, não esquece mais. Vi essa imagem se repetir na minha frente por dezenas de vezes. Nas coberturas das tragédias que se abateram em nossa região, eles estavam sempre lá: experientes, protetores, missionários.

Nossos bombeiros não têm poderes sobrenaturais e não gostam quando são comparados a super-heróis. Não são. Sentem medo, se machucam, podem morrer e têm uma família que os espera depois do trabalho. A instituição conquistou a admiração unânime dos brasileiros ao longo de mais de 150 anos. Uma história permeada por exemplos de coragem e de sacrifício, muitas vezes anônimos, porém, simplesmente imprescindíveis para a sociedade.”

Curvo-me, hoje, para agradecer a estes brasileiros que dão suas vidas para nos salvar. Agradeço a Deus e rezo para que os protejam todos os dias. Somos, sim, um povo solidário e bom. Agora, que me tornei política, busco honrar cada voto que recebi. Lembro sempre que devo servir com muita humildade e respeito a esta boa e solidária gente brasileira.

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