As instituições do Terceiro Setor, as chamadas entidades assistenciais sem fins lucrativos, cumprem um papel muito importante na nossa sociedade. Por vezes, são comandadas por voluntários que trabalham em segmentos, atividades e locais onde nem sempre o poder público consegue chegar.
As prefeituras, os Estados e o Governo Federal não têm olhos, nem recursos para colaborar efetivamente com todas as entidades que fazem um trabalho sério no nosso País. Quando tem e conseguem fazer parcerias, ajudam muito e transformam a realidade de milhares de pessoas. Porém, isso nem sempre é suficiente para cobrir os custos necessários para os trabalhos. Muitas delas vivem em uma eterna batalha para conseguir dinheiro e custeio para as atividades que exercem.
Ao longo da minha carreira como jornalista perdi a conta de quantas entidades conheci. Foram centenas de matérias, a maioria sobre eventos beneficentes e campanhas de arrecadação, quase sempre insuficientes para cobrir as despesas das entidades, que vivem rotineiramente no vermelho.
Quando fui eleita deputada federal, assumi o compromisso de ajudar esses locais que tanto fazem a diferença da nossa região. Num primeiro momento, elaborei uma cartilha com todas as instruções para que as entidades soubessem das condições necessárias para obter recursos do Governo Federal. São regras bastantes rígidas. Fiz reuniões com representantes dessas entidades e visitei muitas delas.
Quando tive a oportunidade de destinar as emendas impositivas do mandato, parte desses recursos foi para auxiliar as entidades assistenciais da região. Destinamos R$ 1.350 milhão para instituições de Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá.
Em Santos, a Casa da Esperança, o Lar Mensageiros da Luz, a Casa Vó Benedita, o Lar 30 de Julho e o Seacolhe-PMS terão um reforço no orçamento. No Guarujá, o CRPI e o Lar Elizabeth também. Os Centros de Aprendizagem Metódica e Prática (CAMPs) de São Vicente e Praia Grande também receberão recursos.
Infelizmente, a maior parte das entidades da nossa região ainda não conseguiu se habilitar para receber esses recursos. No meu gabinete estamos à disposição para ajudar e esclarecer dúvidas. Entendo que esse é um compromisso do meu mandato. Nos próximos anos quero aumentar ou até dobrar o valor das emendas impositivas que vou disponibilizar para as entidades. É um trabalho em que vejo resultado e fico muito feliz em ver os frutos.
Recentemente, visitei uma entidade em Cubatão e conheci uma jovem de 19 anos, a Rayanne, que era funcionária do local. A avó dela participava ali de atividades culturais, a mãe também e ela conquistou seu primeiro emprego na instituição. Um exemplo de que cada vez mais temos de investir e ajudar entidades assistenciais sérias. Isso vale a pena: ver ações que realmente transformam a vida das pessoas.