Com todas as recomendações e ações preventivas contra a Covid-19, teremos que reforçar, agora, o apoio aos que foram vítimas da pandemia econômica na nossa região: setores do comércio, do turismo e de serviços, que tiveram que suportar um longo tempo sem abrir as portas e que estão começando a lenta e gradual operação de retomada das suas atividades.
O esforço da quarentena é importante para combater o vírus. Agora, se faz necessária uma agenda positiva, um olhar solidário aos que tentam, com todos os cuidados, resgatar empregos perdidos e assim restituir a dignidade de muitas famílias que ainda passam por enormes dificuldades.
Os setores que tiveram seus rendimentos garantidos e puderam manter suas famílias alimentadas, estudando ou trabalhando em home office, devem ser solidários aos mais penalizados. Em vez de um olhar simplesmente acusatório aos que tentam, por exemplo, reabrir seus estabelecimentos, precisamos, isto sim, orientá-los e educá-los neste momento de retomada.
Isso não significa dizer que temos que fechar os olhos para aglomerações ou falta de uso de máscaras etc. Temos que, assertivamente, promover a orientação, a educação para a prevenção. Este será um trabalho a se tornar permanente em toda a sociedade, uma ação conjunta, parceira, solidária.
Para ajudar a resgatar o turismo, pedi ao Governo do Estado a liberação antecipada da verba DADETUR, em torno de R$ 440 milhões, para que as prefeituras das cidades turísticas possam realizar já as obras e ações em apoio ao turismo. Assim, a aplicação de tais recursos ajuda a aquecer a economia e gera empregos.
Temos que lutar também para que, num futuro próximo, quando a pandemia acabar, as prefeituras organizem uma agenda de ações turísticas convergentes e não concorrentes entre as cidades.
Quem visita Santos, por exemplo, deve ir também ao Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Litoral Sul e Vale do Ribeira. Há atrações interessantes para todos. É preciso criar uma agenda integrada, que faça o turista permanecer mais dias na nossa região.
Mas tudo começa, por parte dos moradores da nossa região, com o entendimento sobre a importância social da atividade turística.
Mesmo que você não trabalhe com turismo ou no setor de comércio e serviços, um vizinho seu, ou quem sabe seu filho, seu neto, podem precisar desta atividade para sobreviver.
Tudo se conecta na economia. Todos dependemos uns dos outros. Por isso, a importância deste olhar solidário.