Fiquei feliz pela reabertura da Ponte dos Barreiros, depois de sete meses fechada. Esta primeira etapa foi vencida. Consegui os recursos, junto ao Governo Federal, por meio do presidente da República. São R$ 58 milhões liberados para as duas etapas da obra: a emergencial, agora concluída, e a completa, que inclui todas as estacas da ponte. Continuarei acompanhando.
Mas a liberação da ponte pela Justiça veio acompanhada pela proibição, também pela Justiça, da passagem dos ônibus com mais de dois eixos ou com mais de 16 toneladas. E este é o problema.
As pessoas são obrigadas a entrar e sair de três ônibus para ir ao trabalho e depois entrar e sair de três ônibus para voltar para casa. É isso mesmo!
Primeiro, precisam acordar mais cedo para esta operação. Aí tomam, por exemplo, um ônibus intermunicipal do seu bairro na Área Continental até a cabeceira da ponte, no final da Avenida Angelina Pretti.
Se o ônibus for dos grandes, o convencional, não passa na ponte. Aí devem descer e ficar em fila para entrar no micro-ônibus para atravessar a ligação.
Chegando do outro lado, o insular, descem e entram em outra fila para pegar o intermunicipal caso se destinem para Santos, por exemplo.
Ou seja, em plena pandemia, quando devemos evitar aglomerações, as pessoas precisam entrar e sair de três ônibus para ir ao trabalho e depois entrar e sair de três ônibus para voltar para casa, aumentando o tempo das viagens e ainda ficando mais expostas às aglomerações. Ninguém merece!
Por isso, cobrei da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) que consiga mais micro-ônibus de forma a atender grande parcela da população da Área Continental de São Vicente que usa linhas intermunicipais. A maior parte da frota dos intermunicipais é formada por ônibus com mais de dois eixos, que estão impedidos de circular na ponte por ordem da Justiça.
A EMTU informou que colocou 18 micro-ônibus para atender os moradores da Área Continental. E que eles recebem uma senha para não precisar pagar de novo quando pegam o terceiro ônibus. Só faltava terem que pagar de novo.
Mas 18 ônibus ainda é pouco. É só ir lá e ver o sacrifício dos moradores do continente. E a demora e aglomeração a que ficam expostos?
Peço à EMTU que arrume mais micro-ônibus, que determine à empresa que opera o serviço que contrate mais veículos para evitar tamanho sacrifício dos moradores. A população merece!