Esta pandemia, que tanto nos castiga, nos traz, também, a responsabilidade de lutarmos muito para ampliar e melhorar nosso sistema de saúde. A corrida por leitos, equipamentos, testes, hospitais e mais profissionais, que vemos hoje, não deveria se restringir apenas a estes momentos de extrema urgência.
A saúde deve ser prioridade de todos os dias. Isso ficou claro, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Vimos agora que países que consideramos de Primeiro Mundo também se mostraram sem estrutura e sem leitos, que pensávamos faltassem apenas nas nações mais pobres.
O drama cotidiano dos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, auxiliares foi exposto agora ao máximo. Eles são realmente heróis. Mas não basta ficarmos apenas aplaudindo estas categorias em vídeos e reportagens. Temos que, de fato, lutar por melhores condições de trabalho e melhores salários para o pessoal da saúde no Brasil.
Outra questão vital é destinar mais recursos e incentivos para quem pratica ciência. Os governos precisam valorizar os institutos de pesquisa, as universidades e os laboratórios, onde atuam aqueles que tentam descobrir vacinas, identificar vírus e que também arriscam suas vidas.
Não conseguiremos conter a crescente ameaça das pandemias se não tivermos um setor de pesquisa forte, com cientistas bem remunerados e equipados.
Como deputada federal, tenho cobrado insistentemente tais investimentos desde o começo do meu mandato, muito antes da ameaça do novo coronavírus.
Esta semana que passou tive a satisfação em confirmar, por meio de emendas, R$ 4 milhões, para os hospitais Guilherme Álvaro, Estivadores, para a saúde de Bertioga e a Casa da Esperança. E pedi mais recursos para várias instituições, hospitais e cidades da Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira.
Tenho participado de reuniões do Condesb, do Consaúde, atendido prefeitos, vereadores, dirigentes de hospitais e levado estes pleitos às autoridades estaduais e federais. Estive diversas vezes com o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, cobrando mais leitos de UTI para a Baixada. Nesta batalha, consegui mais 90 leitos logo quando do surgimento dos primeiros casos.
Para ter sucesso nesta constante peregrinação, trato de deixar completamente de lado questões ideológicas, partidárias e interesses menores diante da prioridade que é a saúde pública.
Temas eleitorais, políticos, ações de marketing não podem e não devem se sobrepor à pauta prioritária da saúde pública. Por isso reafirmo: Saúde acima da política, sempre!