A deputada federal Rosana Valle (PSB) está preocupada com os trabalhadores portuários, inclusive os avulsos, que precisam trabalhar aos finais de semana, quando não haverá transporte coletivo, por conta do período de restrições severas, que começou nesta terça (23/3).
Por isso, a parlamentar enviou ofícios ao presidente da Autoridade Portuária, Fernando Biral, e ao presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), o prefeito de Santos, Rogério Santos, pedindo informações sobre como será resolvida esta questão dos portuários e das demais categorias essenciais.
Em Santos, o transporte público será limitado de segunda a sexta. Os ônibus vão circular apenas das 5h30 às 8h30 e das 15h30 às 19h30. Não haverá coletivos aos finais de semana. O problema já foi discutido pela Autoridade Portuária, pelo órgão Gestor de Mão de Obra e Prefeitura de Santos.
O presidente do Sindicato dos Empregados da Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, teme que os trabalhadores não consigam chegar para cumprir suas escalas aos finais de semana.
O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) já começou a avaliar as necessidades dos trabalhadores. Outra preocupação é com os agentes marítimos, uma vez que a presença deles é imprescindível em algumas situações.
Diante destas dúvidas, a deputada pede informações à Autoridade Portuária e se coloca à disposição do presidente Fernando Biral e de todas as categorias portuárias, bem como do Condesb para que todos que precisam trabalhar possam se deslocar com tranquilidade.
“Todos já estão buscando soluções. Mas tenho recebido muitos pedidos de informações nas minhas redes sociais e entendo que um retorno à população ajudaria a minimizar as tensões neste período dramático que vivemos”, disse a deputada.
A parlamentar também conversou a respeito com o secretário Nacional de Portos, Diogo Piloni, que se mostrou preocupado com o deslocamento dos portuários, responsáveis pela movimentação de cargas no País, 24 horas por dia.
“Trata-se de um serviço considerado essencial pela função estratégica que representa para a economia do Brasil, com a responsabilidade de buscar o equilíbrio da balança comercial e manter milhões de empregos no campo e nas cidades. Ou seja, um serviço essencial que precisa de atenção neste momento. Tenho certeza que nossas autoridades vão encontrar uma solução de consenso”, ressaltou Rosana Valle.