Vale do Ribeira também precisa. Governo, desde 2014, não credencia farmácias populares no País
A deputada federal Rosana Valle (PSB) cobra do Ministério da Saúde a volta dos credenciamentos para novas farmácias populares no País. A habilitação de farmácias populares está paralisada desde 2014, segundo informou o setor responsável do ministério. Com isso, milhares de brasileiros estão com dificuldades de comprar medicamentos a preços baixos, em plena pandemia do novo coronavírus.
É o que acontece na Área Continental de São Vicente, onde os 150 mil moradores são obrigados a se deslocar para a parte insular ou a outras cidades porque não há uma única farmácia popular naquela região.
Rosana Valle recebeu a denúncia de moradores da Área Continental e comprovou que não existe mesmo farmácia popular no continente vicentino. Ou seja, como a Ponte dos Barreiros ainda não foi reaberta ao trânsito, os 150 mil moradores são obrigados ainda a atravessar a ponte a pé para comprar remédios a preços mais baixos na ilha, gastando tempo e dinheiro.
Antes havia programa do Governo Federal que viabilizava a abertura de farmácias populares. Uma chegou a funcionar na Avenida Ulisses Guimarães, no Jardim Rio Branco, mas depois fechou.
O Ministério da Saúde passou então a credenciar farmácias privadas a venderem remédios populares dentro de um programa específico. Mas, desde 2014, novos credenciamentos foram suspensos e, hoje, não há farmácia nesses moldes na Área Continental.
A deputada reclama que faltam mais farmácias populares também no Vale do Ribeira. Rosana Valle lembra que não há uma credenciada em Iporanga: “Por isso, a importância da retomada dos credenciamentos, principalmente nesta época de pandemia, onde todos devem se deslocar menos e precisam de medicamentos”.
Consultados, donos de farmácias demonstraram interesse em vender remédios a preços baixos na Área Continental de São Vicente e no Vale do Ribeira, mas informaram não conseguir autorização para isso.
A deputada enviou ofício ao Ministério da Saúde cobrando explicações pela suspensão dos novos credenciamentos.
A parlamentar reivindica o rápido credenciamento de uma farmácia popular para a Área Continental de São Vicente e a retomada das habilitações em todo o País. “Como pode, em plena pandemia, na maior crise de saúde da história do País, estes credenciamentos continuarem interrompidos? Solicito ao Ministério da Saúde e ao Governo Federal providências urgentes nesse sentido”, cobrou a parlamentar.