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Rosana Valle pede a ministro recursos para reativar ramal ferroviário Santos-Cajati

A deputada federal Rosana Valle (PSB) oficiou ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, pedindo a utilização dos R$ 300 milhões de indenização que a Rumo terá que pagar ao Governo Federal, pela devolução sem uso do Ramal Ferroviário Cajati-Santos, para que sejam feitos estudos e o projeto de reativação dos 232 quilômetros da linha férrea, beneficiando assim o Vale do Ribeira, Litoral Sul e Baixada Santista.

A retomada do ramal para uso misto, de cargas e passageiros, foi considerada viável pela Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô, cujos técnicos defenderam a concessão de todo o ramal, ou de trechos, a ser explorado por uma Parceria Pública Privada (PPP).

O ramal, que remonta a 1915, e já teve linhas de cargas e passageiros com grande utilização, não foi incluído na Malha Ferroviária Paulista, concedida à Rumo, tendo que ser devolvido ao Governo Federal.

A deputada propõe um estudo de viabilidade técnica e econômica, com a utilização de parte destes recursos, e ressalta que empresários do Vale do Ribeira, Litoral Sul e até da Baixada, têm interesse em usar o ramal. Ela recebeu informações nesse sentido de especialistas e o irmão do presidente Bolsonaro, Renato Bolsonaro, que mora em Miracatu, se tornou um entusiasta do projeto, que, inclusive, já recebeu parecer favorável do ministro Tarcisio Freitas.

Rosana deverá realizar uma reunião com o ministro, em vídeoconferência, nos próximos dias, para tratar do assunto. “Além do serviço de cargas, o ramal tem potencial de uso para o transporte público e também turístico, como aconteceu na época do antigo Expresso Ouro Branco, que marcou gerações que visitaram o Litoral Sul e o Vale. Trata-se de tema de grande importância para o País, cuja iniciativa pioneira de reativação de um ramal ferroviário certamente seria um exemplo para o Brasil”, afirmou.

A deputada lembrou que seu pedido reveste-se de urgência por conta da contingência de empenhar este recurso ainda neste exercício. Os técnicos que se reuniram com a deputada defendem o uso de locomotivas à diesel, argumentando que o sistema elétrico é muito caro, complexo, e inviabilizaria a retomada.

Quanto ao modelo de reativação, os técnicos defendem uma proposta abrangente, que inclua todos os interessados, Governo Federal, as prefeituras, a iniciativa privada, incluindo a própria Rumo e as empresas que operam o transporte público intermunicipal e municipal nas cidades. Isso para que seja estabelecida uma integração do ramal com todo o sistema de mobilidade regional.

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