A deputada federal Rosana Valle (PSB) entrou em contato hoje (28/4) com o ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, pedindo providências para que o corte de R$ 1,5 bilhão no orçamento de 2021 não cause a paralisação das obras de 1.120 moradias no Conjunto Tancredo Neves III, em São Vicente, e também afete as 240 unidades em andamento no Conjunto Cantagalo, em Guarujá. As duas obras foram retomadas por gestão da parlamentar.
A deputada também cobrou do ministro da Economia, Paulo Guedes, informações se este corte vai afetar obras de moradias populares no Litoral de São Paulo. O risco de paralisação existe porque o corte tirou recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), que é o responsável por bancar as obras da Faixa 1 do Programa Casa Verde e Amarela.
Do R$ 1 bilhão e 500 milhões previsto para a construção de 215 mil moradias, sobraram apenas R$ 27 milhões após o corte, o que fatalmente causará a paralisação da maioria das obras, inclusive as do Tancredo Neves III, em São Vicente.
A Construtora Saned, que mantém 320 operários no local, já manifestou esta preocupação à deputada Rosana Valle e teme que o veto ao orçamento provoque a perda de 250 mil empregos no País.
Ajuda no Congresso
Em resposta à deputada, o ministro Rogério Marinho informou, na manhã desta quarta-feira (28/4), que está lutando para recompor os recursos destinados à habitação em sua pasta. Marinho disse à parlamentar que terá reunião no Congresso para tratar do assunto e pediu que a deputada o ajude com os parlamentares.
Rosana Valle disse que as obras não podem parar: “A conclusão está prevista para o fim do ano. O ritmo está acelerado. São moradias para famílias que vivem em áreas de risco”, afirmou Rosana. O Conjunto Tancredo Neves III é uma iniciativa da Cohab Santista.