Mais de um milhão de brasileiros, bisnetos de imigrantes japoneses, os chamados yonseis, que enfrentam dificuldades em obter visto para entrar no Japão, poderão realizar seus sonhos de visitar seus parentes ou trabalhar na Terra do Sol Nascente.
Isso porque a deputada federal Rosana Valle (PSB) e o vereador de São Vicente, Jhony Sasaki (PSB), mantiveram audiência, em Brasília, com o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, que aceitou rever, após a pandemia, os critérios das exigências para a concessão de vistos para os descendentes dos imigrantes japoneses que vieram para o Brasil.
As rigorosas exigências do Governo do Japão para conceder visto para os yonseis desestimulam os pedidos de entrada deles no país dos ancestrais, separando famílias. Os isseis são os imigrantes; os nisseis, os filhos dos imigrantes; os sanseis, os netos, e os yonseis, os bisnetos.
Na audiência marcada pela deputada, o embaixador informou que o nível de exigência do conhecimento do idioma japonês passou a ser o básico. A expectativa da deputada é que, com o amadurecimento deste assunto diplomático, o processo de revisão dos critérios poderá resultar em uma flexibilização maior para a expedição dos vistos, de forma que a união de famílias, hoje separadas, possa ser viabilizada.
Rosana Valle e Sasaki apelaram ao embaixador, valorizando a forte relação entre os povos japonês e brasileiro. A deputada ressaltou a contribuição mútua entre os dois povos na construção da economia e da cultura das duas nações democráticas.
“A flexibilização dos critérios para a emissão dos vistos para a quarta geração dos imigrantes japoneses vai fortalecer ainda mais os laços familiares, culturais e econômicos entre Brasil e Japão”, disse Rosana Valle, que agradeceu a atenção do embaixador. A deputada também parabenizou a atuação do vereador Jhony, nascido em São Vicente, nesta causa, reforçada pela sua vivência de 20 anos como jornalista no Japão.
“Hoje, para dar o visto, o Japão exige que o yonsei tenha entre 18 e 30 anos, não leve ninguém da família, que tenha um mentor no Japão, entre outras exigências burocráticas. Saí da audiência muito grato ao embaixador e cheio de esperanças que muitas famílias separadas possam se encontrar”, disse o vereador.