O Governo do Estado de São Paulo informou à deputada federal Rosana Valle (PSB) e ao deputado estadual Caio França (PSB) que providencia a liberação da cava da Pedreira da empresa Engebrita, na Rodovia Piaçaguera- Guarujá, para implantar ali um reservatório com capacidade de quase 3 bilhões de litros para terminar com o antigo problema da falta d'água na Pérola do Atlântico.
Rosana e Caio cobraram, nesta segunda-feira (17/8), o secretário de Meio Ambiente do Estado, Marcos Penido, e o diretor de Sistemas Regionais da Sabesp, Ricardo Borsari, quais medidas estavam sendo adotadas em relação ao problema que tem castigado a população de Guarujá.
Borsari explicou que protocolou há 15 dias, na Agência Nacional de Mineração, o pedido de bloqueio de lavra, ao mesmo tempo que apura os valores para a desapropriação da cava e elabora a licitação das obras do futuro reservatório.
O diretor informou também que já pediu orientação ao secretário Marcos Penido para providenciar o Relatório de Impacto Ambiental (RAP).
"Todas as providências estão sendo tomadas ao mesmo tempo", explicou o diretor, quando cobrado por Rosana Valle sobre os prazos.
Segundo o diretor Borsari, trata-se do primeiro caso no País de uso de uma cava de mineradora para implantar um reservatório para abastecimento. Esclareceu que este é, hoje, o único local possível para tal providência, lembrando que o abastecimento de Guarujá se dá pelo sistema "fio de água", como os técnicos chamam a captação diretamente no curso do rio.
Rosana Valle e o deputado estadual Caio França (PSB) disseram que o problema da falta d'água em Guarujá se agravou justamente neste momento de pandemia, o que causa sofrimento e medo à população.
"Esta crise de abastecimento é provocada pela inexistência de um sistema de armazenamento em Guarujá.
Assim, quando os mananciais Jurubatuba e Jurubatuba-Mirim são afetados pela falta de chuva em Taiçupeba, na região de Mogi das Cruzes, toda a população de Guarujá é castigada", disse a deputada.
O sistema integrado de abastecimento, que socorre as demais cidades em tempos de estiagem, não está conseguindo suprir as necessidades de Guarujá, apesar da Sabesp estar fornecendo caminhões-pipa.
Guarujá há anos espera uma solução definitiva para o problema da falta de água, sem resultados práticos.
A Sabesp renovou, ano passado, contrato de prestação de serviços com Guarujá pelos próximos 30 anos, prometendo um investimento de R$ 780 milhões.