A deputada federal Rosana Valle (PSB/SP) cobrou da Secretaria Nacional da Habitação e da Caixa Econômica Federal a retomada das obras do Conjunto Habitacional Tancredo Neves III, em São Vicente, que foram paralisadas depois de avançarem mais de 20% do previsto em contrato.
As obras da terceira fase do Conjunto da Cohab Santista começaram em janeiro deste ano e já ergueram 28 prédios. São 1.120 apartamentos, de 44 metros quadrados, destinados a moradores de áreas de risco da Baixada Santista e famílias cadastradas em programas habitacionais.
As obras paralisadas lembram uma cidade fantasma. “Do jeito que estão, os apartamentos correm o risco de sofrer invasões, como já aconteceu com outras obras inacabadas em São Vicente”, disse a parlamentar, impressionada com imagens que recebeu esta semana do conjunto.
As obras são uma iniciativa da Companhia Habitacional da Baixada Santista, a COHAB de Santos, que é a dona do terreno. O financiamento é da Caixa Econômica Federal. Desde o início do ano, a Caixa deixou de repassar os recursos estabelecidos em contrato para a Cohab.
O custo total da obra é de mais de R$ 125 milhões de reais. A Construtora Saned mantém canteiro de obras e alguns homens no local.
“Por conta de erros burocráticos cometidos no contrato assinado no governo passado, a Caixa Econômica parou de repassar o dinheiro. O Governo Estadual também participa da obra, mas parou de enviar recursos, pois depende da garantia da Caixa para fazer novos depósitos. Mas essa situação não pode continuar”, afirmou Rosana, que já conversou com o prefeito de Santos. Paulo Alexandre Barbosa pediu a intervenção da deputada junto aos setores responsáveis em Brasília.
Rosana manteve audiência com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e fez duas reuniões com técnicos da Secretaria Nacional da Habitação.
“A Controladoria Geral da União está apurando as responsabilidades dos erros cometidos no contrato durante o governo passado. Porém, como a obra já avançou mais de 20%, a Controladoria recomendou à Caixa, à Secretaria Nacional da Habitação e ao Ministério da Economia para que façam um plano para terminar a construção dos apartamentos”, explicou Rosana.
A parlamentar disse que continuará cobrando a liberação dos recursos para que as obras sejam logo retomadas. “Não dá para aceitar uma obra deste tamanho parada e tanta gente precisando de moradia na nossa região”.