Durante meses busquei recursos para reformar a Ponte dos Barreiros, em São Vicente. Falei com secretários estaduais, com o governador de São Paulo, com deputados e senadores em Brasília, com ministros do Governo Federal, e com o comando da Engenharia do Exército na capital federal. Finalmente, conversei com o presidente Jair Bolsonaro.
Ele ouviu meus argumentos e liberou os R$ 58 milhões, que serão usados pela Prefeitura de São Vicente na recuperação da Ponte dos Barreiros. Sei que a minha responsabilidade como deputada federal não termina por aí.
Visito a ponte regularmente, e acompanho o calvário das 150 mil pessoas que estão sofrendo com o problema. No final de novembro, resolvi pedir a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), a isenção de pedágio na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, para os moradores da área continental. Recebi como resposta um “Não é viável”. Mas eu não me conformo fácil!
Não dá mais para tolerar que os moradores da Área Continental de São Vicente, sejam obrigados a caminhar, ida e volta, os 600 metros da Ponte dos Barreiros, debaixo de chuva e de sol, e ainda pagar a passagem que custa de R$ 4.90 a R$ 5.50.
Desde que a ponte foi interditada pela Justiça, há mais de 70 dias, esta travessia faz a população acordar uma hora mais cedo e tomar duas conduções. É demais.
As pessoas pagam com esforço físico e ainda dinheiro por um problema que não causaram. Por isso, estou pedindo desconto de 50% nas linhas intermunicipais de ônibus que servem a ponte, para todos os moradores da Área Continental. Isso enquanto durar a interdição da ponte.
Mandei ofício à Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, a EMTU; à Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, e ao Condesb, que reúne os prefeitos das nove cidades da região.
O serviço de transporte intermunicipal é uma concessão do Poder Público do Estado de São Paulo, ou seja, uma concessão do povo aqui representado pelo Estado.
O projeto das obras emergenciais para reabrir a ponte está pronto.
A gente aguarda que a prefeitura finalize a licitação e inicie as obras. Possivelmente, teremos ainda uns 90 dias antes da abertura emergencial da ponte.
O desconto que proponho para os ônibus vai ajudar na luta diária dos que hoje são obrigados a caminhar, e ainda pagar uma tarifa cheia.
O que defendo aqui, é o direito de ir e vir desta população em busca de manter outros direitos essenciais, como alimentação, a moradia e a própria vida. Informo a vocês que estou acompanhando todas as etapas da reforma.
Quero ver aplicado na ponte os R$ 58 milhões que consegui junto ao Governo Federal.
Estou de olho, fui eleita para isso. Meu compromisso é com a população, que não tem culpa de nada, e continua a ser a única sacrificada!