Depois da Rodovia Anhanguera, a Rio-Santos aparece com frequência no ranking entre as estradas mais perigosas do Estado de São Paulo. E até nos levantamentos nacionais, a Rio-Santos, sobretudo no território do Estado do Rio de Janeiro, figura sempre entre as federais que mais registram acidentes fatais, junto com a BR-116 (SP/PR) e a BR-381, em Minas Gerais.
Só estes dados já justificam o atendimento de um pleito da Baixada Santista e Litoral Norte: a necessidade de duplicação da parte paulista da Rio-Santos, a Rodovia Manoel Hyppolito do Rêgo, na nossa região, sobretudo no trecho entre Guarujá - do entroncamento com a Cônego Domênico Rangoni - até São Sebastião.
Considerada como uma das estradas mais bonitas do Brasil, o trecho denominado SP-55 da Rio-Santos dá acesso e permite a vista de praias entre montanhas verdejantes. E por isso mesmo recebe, a cada ano, mais turistas ávidos por desfrutar das belezas dos recantos do Litoral Norte paulista.
O trecho paulista da Rio Santos tem intersecções com as rodovias Cônego Domênico Rangoni, com a Mogi-Bertioga, com a Rodovia dos Tamoios e com a Oswaldo Cruz, já em Ubatuba. Agora com a temporada de verão, mesmo com as restrições da pandemia, certamente veremos congestionamentos e intenso movimento, fatores que fazem aumentar o risco de acidentes.
Um dos trechos que poderia começar a receber estas obras de duplicação, considerado o mais plano e que permite maior velocidade, é o situado entre Guarujá e Juquehy, com cerca de 90 quilômetros, e que atende todo o pujante Município de Bertioga.
O assunto já foi tratado com o secretário de Transportes do Estado de São Paulo, João Octaviano, já que o trecho paulista é administrado pelo DER. Como a Rio-Santos, depois de Ubatuba, se torna a Rodovia Federal BR-101, avançando até a Cidade do Rio de Janeiro, cabe também tratar do tema com autoridades federais.
Meu trabalho agora é envolver a bancada paulista dos deputados federais neste pleito para que possamos, em conjunto, com a força da representação que temos no Congresso Nacional, cobrar do Governo Federal, e também do Governo do Estado, uma ação integrada de duplicação da mais bonita estrada do Brasil.
Trata-se de respeito aos usuários, que merecem segurança, e também às populações de todas as cidades cortadas pela rodovia e suas transversais, uma vez que a estrada tem a função de sustentar a economia de uma região turística, geradora de empregos e desenvolvimento para o País.