Só mesmo alguém comprometido com a Educação, como o ex-governador Márcio França, para não desistir de levar ensino superior aos quatro cantos do País e ainda por cima gratuito.
No curto período de oito meses em que foi governador do Estado de São Paulo, Márcio França fez saltar de 3 mil para 50 mil o número de vagas nas cursos gratuitos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).
Em cidades a 400, 500 quilômetros da Capital, de repente, começamos a ver alunos cursando Licenciatura em Matemática, Pedagogia, Engenharia de Computação, entre outros.
Aulas ministradas pelos professores da Usp, Unicamp, Unesp, dentre as mais renomadas universidades do País, chegavam aos lares de cidades pequenas, afastadas dos grandes centros, levando ensino de qualidade e inclusão.
Márcio França deixou de ser eleito governador por pouco mais de 1% dos votos. O governador que o sucedeu desativou a expansão do programa.
Agora, França não se dá por vencido e teima em levar ensino superior gratuito a distância aos brasileiros.
Recebi no meu escritório, em Santos, a visita de alunas da Baixada Santista e Vale do Ribeira aprovadas e já matriculadas para cursar Tecnologia em Gestão Pública na Faculdade Miguel Arraes, recém-criada pela Fundação João Mangabeira (FJM), agora presidida pelo ex-governador Márcio França. A faculdade está em processo de credenciamento pelo MEC.
Comprovei o caráter inclusivo da iniciativa, pois há, entre as alunas, professoras, diaristas e mulheres de várias comunidades, que agradeceram esta oportunidade criada pela FJM. Ouvi mulheres animadas por voltarem a estudar e buscar novos caminhos nas suas vidas profissionais.
Esta oportunidade transformadora abrirá portas para gerações de mulheres. Disse a elas para aproveitarem o curso. Afinal, elas serão um exemplo para todas as mulheres da Baixada e Vale do Ribeira. Farão um curso de dois anos de duração, que vai abrir muitas portas.
Este caminho da educação a distância tem potencial para incluir todos os brasileiros. Por isso, dou meus parabéns ao ex-governador e atual presidente da Fundação João Mangabeira pela iniciativa. O Márcio França tem esta sensibilidade social, que ainda falta a muitos políticos brasileiros.
Márcio me contou que criar a faculdade era um sonho dele e também dos ex-governadores de Pernambuco Miguel Arraes (avô) e Eduardo Campos (neto), ambos já falecidos. Como todos lembramos, Eduardo Campos morreu em um acidente aéreo em Santos. E um dia antes, numa entrevista, Eduardo disse: “Não vamos desistir do Brasil”.
É isto. Vamos persistir no que acreditamos, no que sonhamos, e cumprir à risca esta última mensagem de Eduardo Campos.