Neste domingo (15/8), moradores, comerciantes, vereadores, entidades de classe e lideranças se manifestaram, em Itanhaém, contra a cobrança de pedágio na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, medida anunciada pelo Governo do Estado de São Paulo.
Vereadores de Itanhaém, Peruíbe, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, além da UVEBS (União dos Vereadores da Baixada Santista), disseram que vão até o fim na luta contra o pedágio. Estão todos inconformados com a decisão do Governo do Estado de implantar um pedágio que trará inúmeros problemas para a Baixada e o Vale do Ribeira.
O deputado estadual Caio França afirmou que não haverá contrapartida para a região. Lembrou que as cidades sofrerão inúmeros prejuízos, como o afastamento de investidores, a redução de empregos e a sobrecarga a moradores, estudantes e turistas.
Caio deixou claro que foi realizada uma audiência pública com menos de 20 pessoas e que as perguntas tinham que ser enviadas por escrito. Disse que faltou transparência e respeito.
De minha parte, apoio completamente a luta dos moradores do Litoral Sul e do Vale do Ribeira. Fiz reunião com o secretário de Logística e Transportes do Estado, João Octaviano, que tratou apenas de informar que estaria definindo descontos na tarifa para os moradores da região, sem considerar a possibilidade de não implantação do pedágio.
O que eu quero é uma decisão do Governo do Estado, cancelando o projeto de pedágio na rodovia. Estamos, ainda, sob o enorme impacto da tragédia humanitária da pandemia da Covid-19 e suas variantes.
Além das vidas perdidas e dos que ficaram com sequelas, sofremos com o desmonte da economia em muitas cidades da região, que não poderão suportar agora mais um pedágio, uma vez que moradores e turistas já pagam a tarifa mais cara do Brasil, de R$ 30,20 na Rodovia dos Imigrantes.
A situação se agrava porque a população destas cidades desconhece estudos de impacto ambiental, de mobilidade e dos prejuízos que a região sofrerá com mais esta cobrança.
O movimento, lembrou o vereador Silvinho Investigador, teve apoio dos vereadores da região, da Ordem dos Advogados, da Associação dos Engenheiros e Arquitetos e da Associação Comercial de Itanhaém e demais entidades e lideranças.
O movimento vai continuar. Afinal, houve uma representação ao Ministério Público do Estado de São Paulo, denunciando que a obra, além de estrangular a economia da região e ameaçar o centro histórico de Itanhaém com a sobrecarga de trânsito, também provocará aterro de manguezais, considerados áreas de preservação permanente.
Por todos estes motivos, digo não ao pedágio em Itanhaém!