Quando completamos um ano de pandemia no Brasil, exaustos, com mais de 250 mil mortos e muitos sacrifícios, além da crise econômica que veio com o vírus, notamos também o papel essencial das mulheres neste novo quadro social em que vivemos.
Trabalhadoras, engajadas, persistentes, as mulheres estão na linha de frente de toda esta luta, pois têm a missão de reforçar, nas suas famílias, as medidas preventivas e de combate ao vírus.
Mulheres com duplas, triplas jornadas, ainda acabam assumindo o papel de incutir o bom senso, inclusive junto aos que não adotam, como deveriam, as providências recomendadas pelas autoridades de saúde do País.
Além destes imensos desafios, as mulheres sofreram, nesta pandemia, com o aumento dos casos de violência doméstica. Os conflitos dentro de casa aumentaram com a maior necessidade de convivência em famílias com problemas de relacionamento.
Para tentar reduzir estes riscos de agressões e até mortes, apresentei e aprovei projeto de lei que determina a apreensão da arma de fogo do agressor, como medida preventiva da violência contra a mulher.
Também fiz projeto autorizando o desembarque, em todo o País, das mulheres fora dos pontos de ônibus entre as 22 horas e as 5 horas da manhã. A medida altera a Lei Maria da Penha para garantir este direito de proteção às mulheres.
Outra medida de minha autoria foi a emenda que permite a concessão de auxílio-aluguel às mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia.
Adotei estas e outras ações, como as palestras, por videoconferência, buscando melhorar a autoestima das mulheres e ajudá-las a fazer valer os seus direitos legais.
A luta pelas mulheres continua e é preciso que tenhamos, também, maior participação dentro dos partidos políticos para mudar, de fato, as coisas neste País.
Por isso, propus, na Câmara Federal, legislação que determina a presença mínima de 30% de mulheres nos cargos de direção dos partidos políticos.
Na questão do mercado de trabalho reforcei a necessidade da abertura de novos mercados às mulheres, como, por exemplo, a maior aceitação feminina em diversas funções no trabalho portuário. Estou engajada nesta luta e os resultados já começam a aparecer, com cada vez mais mulheres no maior porto da América do Sul.
Seguimos firmes, enfrentando preconceitos e até os coronéis da política, que insistem em manter as coisas como estão e fecham as portas para a inovação que vem com a maior participação das mulheres na vida pública. Não vamos desistir. Ficamos ainda mais fortes nos momentos difíceis, como acontece na pandemia.