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Mais mulheres na direção de partidos políticos

Tenho ampliado na pauta do meu mandato, entre tantas lutas, a de buscar a igualdade entre homens e mulheres. Não se trata de uma pauta baseada exclusivamente no fato de eu ser mulher. Mas porque esta desigualdade existe e prejudica toda a sociedade brasileira, incluindo os homens.

Isso também porque muitas mulheres são as que sustentam a casa com filhos homens e companheiros subempregados ou sem emprego. Ou seja, a desigualdade salarial entre homens e mulheres, por exemplo, afeta muitos homens, que discordam e querem eliminar esta injustiça.

Segundo dados do Mapa da Desigualdade, na Cidade de São Paulo, por exemplo, a diferença salarial entre homens e mulheres é, em média, de mais de menos 13,8% em todos os setores da economia.

Isso ocorre, também, pela falta de maior participação das mulheres na política e também na direção dos partidos políticos. Claro, pois se mais mulheres chegassem ao poder e fossem eleitas para cargos no legislativo, por exemplo, mais leis seriam propostas e aprovadas para combater estas desigualdades, tanto na Câmara Federal, como nas assembleias legislativas dos estados e também nas câmaras municipais.

É o que fiz ao apresentar projeto, em conjunto com a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) e o deputado Vilson da Fetaemg (PSB-MG), determinando que os cargos das direções municipais, estaduais e nacionais de cada partido político sejam compostos por 30% de mulheres.

Não basta apenas a regra vigente que reserva 30% para mulheres na lista de candidaturas dos partidos políticos. É preciso que as mulheres possam participar nos órgãos de direção partidária, como comissões executivas e diretórios nacionais, estaduais e municipais.

A proposta é tão justa que o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já deu parecer favorável. O vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, propôs que fosse encaminhado um apelo ao Congresso Nacional para que essa obrigatoriedade do cumprimento da reserva de gênero de 30% nos órgãos internos de partidos seja incluída na legislação, com a previsão de sanções às legendas que não a cumprirem.

As mulheres são maioria entre os brasileiros, mas não têm a força que merecem dentro dos partidos. Sofremos restrições e, muitas vezes, perseguições discriminatórias, machistas. Isso tem que acabar.

Para se ter uma ideia, em 19 das 30 siglas que elegeram deputados federais em 2018, as mulheres representam menos de 1/3 da composição da executiva nacional.

Por isso, luto para corrigir estas desigualdades, tanto na política como nas relações de trabalho. Faço isso para o bem de toda a sociedade, das mulheres e dos homens.

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