O Portus, fundo de previdência dos trabalhadores portuários, tem uma sobrevida de 90 dias. Por isso, duas reuniões aconteceram essa semana, em Brasília, para buscar uma solução para o caso.
A primeira aconteceu na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), e a outra na Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (Sest). Ambas foram solicitadas pela deputada federal Rosana Valle (PSB/SP) e contaram com a presença de Eduardo Guterra, presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP).
"Estamos lutando contra o tempo. Temos apenas 90 dias para pensar em uma solução antes que o Portus acabe sendo liquidado", explica a deputada. O fundo tem um déficit mensal de 12 milhões de reais. A posição do Governo é de que vão pagar tudo que for devido, mas que não há verba para ajudar mais do que isso.
Ficou acertado que o presidente da FNP irá fazer uma reunião com patrocinadoras e beneficiários do plano e buscar um consenso, pois, sem isso, não é possível resolver a questão. "O Rio de Janeiro não aprovou o plano nacional de contingenciamento do Portus e isso inviabiliza o avanço das negociações junto ao Governo. Vamos marcar uma conversa com eles", explica Guterra.
Após essa reunião, serão marcadas conversas técnicas envolvendo Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (SEST), Secretaria de Portos (SEP), Federação Nacional dos Portuários (FNP) e técnicos do Ministério da Infraestrutura para buscar a melhor solução, que precisa ser rápida.