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Estudo vai apontar viabilidade do trem

Na visita do presidente Jair Bolsonaro a São Vicente, na última sexta-feira (7), consegui o compromisso dele no sentido de tentar fazer com que os R$ 300 milhões que a concessionária Rumo terá que pagar em indenização, pela devolução, sem uso do Ramal Ferroviário Cajati-Santos, sejam aplicados na Baixada Santista e no Vale do Ribeira.

Isso porque, se esse recurso for para o Tesouro Nacional, há enorme possibilidade de nunca mais voltar para nossa região. O Governo Federal, como todos sabemos, está apertado financeiramente por conta do elevado custo do auxílio emergencial que vem sendo pago a milhões de brasileiros.

Assim, qualquer dinheiro que chega é empregado para saldar esses compromissos, que são, de fato, essenciais para a sobrevivência dos mais necessitados nesse momento difícil que estamos vivendo de pandemia.

Como se trata de uma indenização decorrente de uma questão de transporte, defendo que o valor da multa que a Rumo terá que pagar seja aplicado neste mesmo setor.

Temos o antigo sonho de retomar a ferrovia, seja no transporte de cargas ou de passageiros. Ou mesmo no chamado uso misto, que contempla, ao mesmo tempo, as duas atividades. Para tanto, precisamos de um estudo de viabilidade técnica e econômica, que demonstre o melhor aproveitamento deste antigo ramal.

Uma nova concessão só atrairia novos interessados e daria certo se ficar comprovada a viabilidade desta iniciativa. Por isso, pedi ao presidente para destinar uma ínfima parte deste recurso da multa para, antes de qualquer providência, determinar a realização deste estudo.

Se ficar comprovada a viabilidade do aproveitamento econômico do ramal, teremos, então, a certeza que valerá a pena lutar pela sua reativação.

Acredito ainda que os trilhos comportam a extensão de um transporte mais barato entre as cidades e até uma linha turística, que venha a aquecer a economia da região no pós-pandemia.

Precisamos definir o que será feito com esta linha de 232 quilômetros que liga Cajati, no Vale do Ribeira, a Santos, na Baixada Santista.

Caso o estudo aponte a possibilidade de retomada de ao menos um trecho da linha, temos que garantir que estes recursos sejam aplicados neste projeto. Ou até em outra ação de incentivo ao transporte público. O que não podemos é perder esta oportunidade única.

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