Agradeço ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, por atender pedido de duplicação da Rodovia Rio-Santos, que no trecho paulista é de vital importância para Bertioga e as cidades do Litoral Norte de São Paulo. Em contatos pessoais e ofício informei ao ministro que, depois da Rodovia Anhanguera, a Rio-Santos aparece com frequência no ranking das estradas mais perigosas do Estado de São Paulo.
Nos levantamentos nacionais, a Rio-Santos, no território do Estado do Rio de Janeiro, figura sempre entre as federais que mais registram acidentes fatais, junto com a BR-116 (SP/PR) e a BR-381, em Minas Gerais.
Estes dados já bastariam para justificar a duplicação, anunciada em live pelo ministro na noite do dia 21 deste mês. Tarcísio de Freitas chegou a dizer que a rodovia ganhará iluminação de led. O investimento virá com a concessão da rodovia à iniciativa privada. As providências nesse sentido já estão sendo tomadas pelo Governo Federal, que prevê, primeiro, o trecho Rio de Janeiro-Angra dos Reis.
Vou oficiar ao ministro para incluir e antecipar a duplicação da Rio-Santos, em território paulista, atendendo um pleito antigo da Baixada Santista e Litoral Norte. Vou sugerir ao ministro que a duplicação atenda, primeiro, a parte paulista da Rio-Santos, a Rodovia Manoel Hyppolito do Rêgo, na nossa região, sobretudo no trecho entre Guarujá - do entroncamento com a Cônego Domênico Rangoni - até São Sebastião.
O trecho que poderia começar a receber a duplicação, considerado o mais plano e que permite maior velocidade, fica entre Guarujá e Juquehy, com cerca de 90 quilômetros, e que atende todo o pujante Município de Bertioga.
Considerada como uma das estradas mais bonitas do Brasil, o trecho denominado SP-55 da Rio-Santos dá acesso e permite a vista de praias entre montanhas verdejantes. E por isso mesmo recebe, a cada ano, mais turistas ávidos por desfrutar das belezas dos recantos do Litoral Norte paulista.
O trecho paulista da Rio-Santos tem intersecções com as rodovias estaduais Cônego Domênico Rangoni, com a Mogi-Bertioga, com a Rodovia dos Tamoios e com a Oswaldo Cruz, já em Ubatuba.
Eu também havia cobrado o secretário de Transportes do Estado de São Paulo, João Octaviano nesse sentido, já que o trecho paulista é administrado pelo DER.
Como a Rio-Santos, depois de Ubatuba, se torna a BR-101, avançando até a Cidade do Rio de Janeiro, sua duplicação, agora anunciada pelo ministro, representa também uma tarefa do Governo Federal. Ou seja, a segurança dos usuários não pode ser prejudicada por uma linha divisória entre os estados.
Vou lutar para que, além de atender o trecho paulista, os técnicos do Governo Federal e do Governo do Estado unam esforços para que sejam viabilizadas as conexões e sinalizações da Rio-Santos duplicada com as rodovias paulistas. Afinal, o interesse dos usuários da rodovia está acima de eventuais diferenças entre os governos do Estado e Federal.