O debate político hoje está instalado em termos intransigentes, beligerantes. Mas os fatos mostram que o bom senso seria, sim, o melhor caminho nestes tempos difíceis.
A população assiste a essa guerra, indignada e se manifesta pedindo emprego. As pessoas querem ter saúde pra trabalhar. Querem ver baixar o custo da comida, da conta da luz, da gasolina. E a classe política se perde em discussões eleitorais, conflitos, debates, polêmicas, sem resultados práticos na vida das pessoas.
A um ano das eleições a agenda eleitoral já está instalada, antecipada. Temos a sensação de que a eleição será daqui a alguns dias, de tanto que as notícias tratam de conflitos que atendem interesses dos que querem continuar ou chegar ao poder.
Chegamos ao 7 de Setembro até com medo de conflitos violentos nas ruas. Temos receio de reações extremadas de ambos os lados. A quem interessa isso?
Nós, na Baixada, temos o orgulho de aqui ter nascido José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência. Homem instruído, hábil e que soube conduzir os fatos que culminaram com o grito da Independência do Brasil.
Mas, com certeza, José Bonifácio será pouco lembrado nesta data. Afinal, a lembrança do seu legado vai concorrer com notícias mais impactantes.
Mesmo que nos tachem de ingênuos, até de românticos, temos que continuar pregando o bom senso, o diálogo, que tanto faz bem à democracia.
Ainda temos um ano pela frente, antes das eleições, e podemos aproveitar este tempo para pactuar medidas, entendimentos e ações que ajudem a incentivar a retomada do emprego e o resgate dos excluídos.
Se para alguns interessa manter e até atear mais lenha nesta fogueira da intransigência, para que os candidatos possam se posicionar melhor nas pesquisas, para a grande maioria, o que importa é sobreviver, enfrentar as necessidades do cotidiano. A agenda do ódio só interessa aos mesquinhos, extremistas de todos os matizes.
Temos mais de um ano para fazer coisas úteis para o Brasil. Trabalho e rezo pelo bom senso nesta Semana da Pátria e daqui para frente. A Bíblia diz que os mansos herdarão a terra. Isso quer dizer que o trabalho dos pacificadores dará frutos.