Nestes dias frios e chuvosos, uma grande parte da população da Área Continental de São Vicente ainda é obrigada a fazer a baldeação para tomar novo ônibus e seguir para o trabalho todos os dias. Isso porque os coletivos de grande porte das linhas intermunicipais ainda não estão autorizados pela Justiça a passar pela ponte. Só os micro-ônibus podem atravessar.
Ou seja, a liberação da Ponte dos Barreiros ao tráfego de veículos, no dia 1º de julho, ainda não representou a solução completa para os moradores do continente vicentino.
A ponte foi reaberta após passar mais de 200 dias interditada, obrigando a população a atravessar a pé, todo esse tempo, seus 660 metros na ida e na volta ao trabalho.
A liberação foi autorizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, depois que as obras emergenciais foram realizadas com recursos federais de R$ 57,8 milhões, liberados pelo presidente Jair Bolsonaro, que atendeu meu pedido em favor dos moradores do continente vicentino.
Na primeira fase da obra, foram reformadas 52 estacas, uma longarina de um dos tabuleiros e três travessas. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Governo do Estado, que havia opinado à Justiça pela interdição da ponte, concluiu que a obra emergencial realizada no equipamento foi segura.
A verba liberada pelo Governo Federal permitirá também à Prefeitura a realização das obras complementares, em toda a estrutura e as colunas da ponte. A Prefeitura promove o processo de licitação para fazer logo todo o trabalho necessário.
Agora, um novo laudo concluiu que a Ponte dos Barreiros está apta para receber ônibus urbanos de grande porte e caminhões do Corpo de Bombeiros.
A Secretaria de Obras Particulares da Prefeitura informou que solicitou à empresa PhD uma análise da estrutura, após o Corpo de Bombeiros ter pedido à Justiça a liberação da passagem de dois caminhões da corporação militar pela Ponte dos Barreiros.
A avaliação atestou que a ponte está apta a receber os caminhões e também ônibus urbanos de maior porte, com velocidade limite de 40 km/h, nas duas faixas de tráfego e nos dois sentidos, com uma distância de 100 metros entre cada coletivo. O documento já foi enviado para o IPT dar seu parecer e encaminhar ao juiz.
Estou acompanhando tudo e me preocupo com o fato dos ônibus de grande porte não estarem já trafegando pela ponte.
Espero que o IPT se manifeste logo e que, se a ligação tiver condições seguras de receber os ônibus, que se posicione, então, para que a Justiça possa definitivamente autorizar a passagem dos ônibus maiores, terminando com a baldeação e o sofrimento da população.