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Agenda única pela vida

A calamidade da Covid-19 tem nos obrigado ao desafio de estarmos cada vez mais unidos, mas longe uns dos outros fisicamente. É a tarefa da união com distanciamento social.

Insisto na necessidade de união porque não há mais clima para que as velhas rixas e disputas políticas se sobreponham à prioridade de enfrentamento do inimigo comum, o vírus que tem ceifado tantas vidas no Brasil e no mundo.

Disputas regionais e até mesmo nacionais pelo poder perderam totalmente o significado. É claro que a polarização está instalada na agenda política e isto nos é lembrado, também, todos os dias pelo noticiário.

Mas nossa tarefa, agora, é riscar de vez do mapa dos nossos pensamentos e ações qualquer tipo de enfrentamento que não seja o da Covid-19.

A luta principal a ser travada hoje é contra a falta de leitos UTI nos hospitais do País e na busca das vacinas para imunizar todos os brasileiros.

Outra frente de batalha da mesma importância é a conscientização maciça da população para que use máscara, pratique o distanciamento social, lave as mãos, uso álcool em gel e fuja das aglomerações.

Enfim, as velhas recomendações que todos conhecemos, mas que, infelizmente, ainda não são praticadas com o rigor necessário.

A Covid-19 chegou para todos nós, com suas consequências dramáticas em nossas vidas, como a perda de amigos e parentes queridos, e também com a necessidade de vencermos a doença com providências e orações.

Enfrento a Covid dentro de casa todos os dias, pois meu marido, sempre muito forte e saudável, pegou o vírus e já está se recuperando. Minha equipe também foi atingida, inclusive com a perda do amigo Nelson de Giulio, o saudoso Cebola.

Assim, como todas as brasileiras, tive que conciliar as tarefas de casa, de mãe e também do meu trabalho como deputada federal.

Faço questão de participar dos debates em Brasília e das reuniões por videoconferência para tratar dos problemas da região, sobretudo das medidas de auxílio aos hospitais, que precisam de muito mais leitos neste momento.

Com todas as pessoas que converso, diariamente, ouço histórias de luta contra a Covid, algumas delas muito tristes, com a perda de amigos e parentes, e também dos empregos e dos meios para sobreviver.

Por isso defendo ajuda do Governo para os desempregados e para os comerciantes que não podem abrir suas portas.

Insisto que a solidariedade é o único caminho possível para vencermos esta pandemia que assola a humanidade. Esqueçamos de vez as nossas diferenças em todos os campos para atuarmos juntos nesta tarefa. Não há espaço nem tempo para disputas sem sentido. Só há uma agenda, a da união pela vida.

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