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A vacina é do povo brasileiro

Estamos todos ansiosos pela vacina para enfrentar a Covid-19. Este é o assunto mais importante para os brasileiros no momento. Por isso, importa mesmo é que a vacina chegue para toda a população. É bom que fique claro que as vacinas não devem ter dono nem bandeira política. São as vacinas para o povo brasileiro e ponto final.

Antes que tentem rotular a vacina como sendo deste ou daquele político, deste ou daquele candidato, devemos nos lembrar que os dois institutos brasileiros envolvidos nesta luta, a Fiocruz e o Butantã, são centenários, patrimônios nacionais e seus quadros formados a partir de uma história muito antiga.

A Fiocruz firmou acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para produzir, no Brasil, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. O Butantã, em parceria com a farmacêutica Sinovac Life Science, realiza a produção e testes da CoronaVac.

Vamos valorizar, então, estas duas instituições.

A Fundação Oswaldo Cruz nasceu em 25 de maio de 1900, na Fazenda de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Foi criada para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica e teve participação intensa no desenvolvimento da saúde pública no País.

Graças ao jovem bacteriologista Oswaldo Cruz, a Fiocruz foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela no Rio de Janeiro. A Fiocruz foi fundamental para a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.

Dentre as inúmeras conquistas da Fiocruz, estão o isolamento do vírus HIV, pela primeira vez na América Latina, e o fato de ter decifrado o genoma do BCG, bactéria usada na vacina contra a tuberculose. A centenária fundação tem uma história de conquistas e expansões, com a criação de escritórios em Mato Grosso do Sul e até em Moçambique, na África.

Da mesma forma, o Instituto Butantã, fundado em 23 de fevereiro de 1901, presta grandes serviços ao País. Ligado à Secretaria de Estado da Saúde de SP, é considerado um dos principais centros científicos do mundo. Seu complexo conta com o Hospital Vital Brazil, uma biblioteca, um macacário, um serpentário e unidades de produção de biofármacos, além de parques e museus.

Com autonomia administrativa e financeira, o Butantã é responsável por grande parte da produção de vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. É famoso por produzir soros imunoterápicos, utilizados para combater acidentes causados por serpentes, aranhas e escorpiões.

Além das atividades na saúde pública, o Butantã é uma atração turística, com um parque e quatro museus (o Museu Biológico, o Histórico, o de Microbiologia e o de Saúde Pública Emílio Ribas).

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