A deputada federal Rosana Valle (PL) faz questão de insistir na luta pela retomada do curso de Mecânica de Aviação na ETEC Santos Dumont, em Guarujá, que será fechado novamente, agora pelo fato de o Centro Paula Souza, mantenedor das ETECs, não conseguir atrair professores especializados por conta da baixa remuneração oferecida, em torno de R$ 20,00 a hora/aula.
O curso foi inicialmente fechado no primeiro semestre de 2019. Após vistoria da ANAC, viabilizada pela deputada, o curso foi homologado em outubro de 2019 e reaberto em fevereiro de 2020.
Equipe da deputada manteve reunião terça-feira (17/5) com equipe do Centro Paula Souza, comandada pela assessora técnica de Gabinete, professora Sônia Rodrigues Charpentier, que relatou todas as dificuldades enfrentadas para manter o curso em funcionamento.
“Não gostaríamos de fechar o curso, que tem demanda e empregabilidade. Encontramos vários obstáculos para conseguir e pagar professores habilitados. Mas está inviável manter”, afirmou Charpentier, referendada por membros da equipe técnica, que informaram também não conseguir atender aos requisitos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A maior dificuldade é a baixa remuneração para atrair professores, sendo que muitos deles moram em outras cidades. Além do valor da hora/aula, o Centro Paula Souza, não consegue professores com Certificado de Habilitação Técnica (CHT), a chamada carteirinha, exigida pela ANAC.
No entanto, o representante da ANAC, que também foi convocado para a reunião pela deputada, André Stock Hoffmann, sugeriu a abertura de um processo para a revisão da norma que exige a CHT dos professores, a partir do envio, pelo Centro Paula Souza, das especificações hoje solicitadas pela ETEC. “Podemos sentar juntos e tentar encontrar uma forma de resolver esta dificuldade para contratar professores”, disse Hoffmann, se dispondo a encontrar meios para não fechar o curso.
Assim, diante desta possibilidade, o Centro Paula Souza ficou de enviar à ANAC as exigências curriculares para a contratação de professores. Isso porque, respeitando a legislação e todo o regramento, a deputada não quer se conformar com o fechamento de um curso tão importante, que formou gerações, sobretudo quando a Baixada Santista esta cada vez mais perto de contar com seu primeiro aeroporto com voos comerciais.