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Novos empregos no Porto de Santos devem atender nossa gente

A tão falada privatização da gestão do Porto de Santos é uma questão que precisa ser acompanhada de perto pela comunidade portuária. De minha parte estou atenta e já me posicionei sobre a necessidade de garantirmos, se a privatização acontecer, a manutenção dos empregos já existentes no setor além, da criação dos novos.

Os especialistas que trabalham neste projeto, junto à Secretaria Nacional dos Portos, falam na criação de 60 mil empregos com os investimentos de R$ 18,55 bilhões nos próximos 35 anos.

Os estudos mostram que o Porto, que hoje movimenta 130 milhões de toneladas/ano, vai saltar para 290 milhões t/ano. Haverá um aumento no calado para até 18 metros de profundidade para receber navios de até 400 metros.

Diante desta expectativa, é preciso que sejam criados rapidamente cursos de formação de novos profissionais destinados ao setor portuário, que possam ser oferecidos aos moradores da região, que, defendo, sejam os ocupantes prioritários destes novos postos de trabalho.

A comunidade portuária, as autoridades regionais, estaduais e federais precisam iniciar tratativas que envolvam as nossas universidades e o setor portuário, com a missão de formar a mão-de-obra que estes novos tempos de modernização dos portos vão necessitar.

Outro cuidado é garantir a participação da comunidade portuária, de modo que sejam melhor encaminhadas as soluções na relação porto-cidade.

Nesse contexto entra também a importante questão da ligação seca, a ser viabilizada pelo vencedor do certame para gerir o Porto de Santos.

Trata-se de um investimento de mais de R$ 3 bilhões para tornar realidade um sonho de quase um século. Já surge um consenso pela opção túnel. Mas a discussão ainda está aberta.

Outro ponto vital é garantir a sobrevivência dos operadores que já estão no Porto há muito tempo e que são responsáveis pelos crescentes recordes de movimentações de carga, o que tornam nosso cais o mais importante do continente. A comunidade portuária está ansiosa e precisa ter voz neste processo.

Neste aspecto é essencial a volta do Reporto, incentivo fiscal que permite a aquisição de equipamentos sem similares no País e dos quais depende a modernização do Porto. Estou mobilizando o Congresso para que seja derrubado o veto do Governo Federal à volta do Reporto, que foi encerrado no final de 2021.

Esperamos também que o risco dos gargalos logísticos seja resolvido, como a questão da necessidade de expandirmos a malha ferroviária interna e externa, de modo que possamos dar conta do aumento constante do escoamento por trens de até 120 vagões que trarão a crescente produção agrícola e industrial brasileira.

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