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Não ao fim da metropolização!

Desde sua criação, em 1996, a Região Metropolitana da Baixada Santista, tem tentado viabilizar obras e programas de caráter regional. Acredito que o Conselho de Desenvolvimento da Região, o Condesb, poderia ter feito muito mais.

Mas, mesmo entendendo que o Condesb poderia ter avançado mais, discordo do PL 14/2022, enviado à Assembleia Legislativa pelo ex-governador João Doria, que permite a extinção da Agem (Agência Metropolitana), que faz projetos de cunho regional. Esta atitude comprova a falta de compromisso com a Baixada Santista.

Nossa região, que tem características muito específicas, não pode ser empacotada junto com outras regiões do Estado - também importantes, mas diferentes em muitos aspectos, da Baixada Santista.

Temos questões como o futuro e a geração de empregos no maior Porto da América do Sul, a necessidade de um calendário turístico que integre as nove cidades, os dramáticos problemas ambientais e de moradia, entre tantos outros, que precisam de projetos e investimentos compatíveis com a nossa realidade.

A Baixada é cercada e limitada por áreas de preservação permanente. As restrições ambientais são enormes. Ao mesmo tempo, há a realidade das populações carentes, que na falta de políticas públicas abrangentes de construção de moradias populares, ocupam manguezais e encostas de morros.

Temos, ainda, enormes tarefas metropolitanas para cumprir. Em Santos, por exemplo, há desafios como a revitalização do Centro; o atendimento amplo à população de rua; a drenagem na Zona Noroeste; o drama das submoradias em áreas de risco.

São Vicente precisa das comportas nos seus 17 canais; os conjuntos Bitaru e Tancredo Neves ainda não estão concluídos; são dezenas de favelas sem regularização; falta saneamento básico; atração de investimentos e geração de empregos.

Guarujá clama pela regularização e urbanização de núcleos carentes fruto de invasões; por mais projetos de moradia; por um calendário turístico regional unificado, entre outras obras e ações.

Praia Grande precisa de um novo viaduto na Curva do S; Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe carecem de apoio às suas áreas rurais; de melhor transporte público e de aproveitamento dos seus potenciais turísticos.

Cubatão tem como desafio urbanizar a Vila dos Pescadores e outros núcleos que se criaram sobre os manguezais. Bertioga luta para conciliar desenvolvimento com preservação ambiental. Há bairros por pavimentar, falta saneamento e mais equipamentos de saúde.

Muitas conquistas devem chegar e acredito nisso, como o Aeroporto Metropolitano, a ligação seca Santos-Guarujá; moradias serão concluídas este ano; a Ponte dos Barreiros está sendo recuperada, mas precisamos de muito mais. O VLT tem que chegar na Área Continental de São Vicente e dali ao Litoral Sul.

Estas e tantas outras providências dependem de um olhar metropolitano e de recursos para projetos com a mesma pegada regional.

Isso não se alcança isso tirando nossa força política e ignorando as nossas características. Seria o fim da metropolização.

Por isso, conclamo a todos para rejeitarmos este projeto do governador que deixou o cargo. Apelo ao governador que assumiu para que o retire imediatamente, demonstrando um olhar sensível sobre nossa região.

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