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ELEIÇÕES 2024 - Um sono pesado de 30 dias

Por Rodolfo Amaral e Verônica Mendrona

Algumas especulações de natureza política divulgadas na Imprensa nos últimos dias movimentaram o cenário de candidaturas locais para as Eleições de 2024, nos campos majoritário e proporcional.

A primeira delas foi a divulgação da possibilidade do governador Tarcísio de Freitas deixar o Partido Republicanos para ingressar no PL. Este fato serviu como um balde água fria no grupo de apoio ao pré-candidato Rogério Santos, que mudou de partido para tentar o abraço do governador no palanque eleitoral durante a campanha.

Muitos vereadores oportunistas já estavam de olho na possibilidade de seguir o prefeito e também mudar para o Republicanos, mas agora ficarão inseguros nos próximos 30 dias da janela eleitoral de mudança partidária, sem saber se esta alternativa ainda é vantajosa.

A Imprensa também voltou a divulgar a possibilidade da Administração Municipal lançar como candidato a prefeito o atual deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, fato que desestabiliza o pré-candidato Rogério Santos e também toda equipe mobilizada para sua campanha.

O deputado Paulo Alexandre até agora não desmentiu o noticiário sobre sua possível candidatura e isto estimula as especulações e deixa os aliados do governo inseguros até para saber que rumo tomar até o final do prazo para mudanças ou filiações partidárias.

Notícias envolvendo possíveis novos escândalos na gestão portuária local também foram divulgadas na Imprensa e este fato pode cair no colo de alguns políticos influentes. Um cenário desta natureza inibe a empolgação de alguns pré-candidatos que visavam usar o Porto de Santos como plataforma de campanha eleitoral.

Alguns partidos políticos que ainda não definiram para que lado da balança eleitoral vão optar também começam a demonstrar preocupação.

O interesse dos candidatos na formação de coligações partidárias na eleição majoritária envolve basicamente o aumento do tempo do Programa Eleitoral na TV e no rádio. Ocorre que alguns partidos estão com dificuldades para formar chapas de candidatos à vereança e seus caciques, neste cenário, perdem o poder de negociação com os candidatos majoritários.

Até mesmo os vereadores que ocupam cargos na Administração Municipal já começam a arrumar suas malas para voltar ao Legislativo, por força da legislação eleitoral, sem muitas definições sobre seus destinos.

Na lista de espera estão alguns candidatos que ocupam secretarias municipais, mas sem mandatos legislativos, porém os lançamentos das suas candidaturas igualmente incomodam os atuais vereadores.

Alguns partidos e políticos fisiológicos já fizeram sua opção partidária para ocupar cargos públicos pelos próximos oito meses de administração, mas a pressa na definição poderá ficar cara na pretensão da reeleição.

Embora a mídia convencional não tenha dado o devido destaque, chamou a atenção daqueles que lidam com o cenário político a suspensão de duas pesquisas eleitorais que foram registradas no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e acabaram não sendo divulgadas à opinião pública. Uma delas foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, patrocinada pela empresa VEMP Marketing Empresas Ltda; e a outra do Instituto Badra, com patrocínio próprio.

Quando as pesquisas são realizadas por interesse próprio do candidato, sem objetivo de divulgação, não há necessidade de registro no TSE. Isto quer dizer que, nos casos citados, os resultados colhidos foram contrários ao interesse do candidato patrocinador das pesquisas.

Como é possível observar nos fatos narrados, a campanha eleitoral ainda reserva muitas novidades nos próximos meses. Espera-se, porém, que a mídia fique mais atenta aos fatos de interesse regional porque muita notícia local relevante só se lê em jornais nacionais.

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