A deputada federal Rosana Valle (PL) cobrou da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo providências urgentes para a reabertura do Instituto Médico Legal em Santos, que está fechado há 2 anos e quatro meses.
Os mais de 1 milhão e 400 mil moradores de Santos, São Vicente e todo o Litoral Sul são obrigados a se socorrer no IML de Praia Grande, o que provoca grande demora na liberação de laudos e corpos de vítimas de acidentes ou agressões. Só há outro IML em Guarujá, que atende também Bertioga.
O IML realiza exames necroscópicos (autópsias), toxicológicos, de lesões corporais, de constatação de violência sexual, de sanidade mental, entre outros. Setenta por cento dos laudos atendem vítimas de acidentes de trânsito, agressões e acidentes de trabalho.
O prédio onde funcionava o IML de Santos, na Avenida Martins Fontes, no Saboó, parou de atender em março de 2020 e não há prazo para a reabertura do local. A Secretaria de Segurança Pública tem informado que o IML reabriria em outro prédio, mas sem previsão.
O local foi interditado devido a danos estruturais causados pelas fortes chuvas. Assim, os moradores da Baixada que precisam passar por um exame de corpo de delito ou liberar o corpo de um parente precisam ir até o IML de Praia Grande. Os profissionais que trabalham no IML de Santos foram recolocados para o de Praia Grande.
Segundo a deputada, muita gente só se dá conta da importância do IML quando perde um parente ou precisa fazer um exame de corpo de delito. “Mas Santos não pode mais ignorar este drama, enfrentado também pelos servidores do IML. O Estado precisa resolver isso”, afirmou a parlamentar.
Há também problemas de infraestrutura, déficit de profissionais e de equipamentos, que precisam ser resolvidos quando da reabertura. O último concurso para a contratação de profissionais para o IML foi realizado em 2014.